Viajar pela Polônia é se deparar com um país interessante e rico em história, mas que também nos proporciona conhecer os cenários da Segunda Guerra Mundial, já que o mesmo foi o primeiro a ser invadido pelas tropas de Hitler.
A bela capital Varsóvia foi completamente destruída, porém Cracóvia foi poupada. Hoje em dia caminhar por suas ruas e apreciar lugares como o Grande Mercado e a Igreja de Santa Maria é uma volta ao passado.
Neste artigo você vai ver
Um pouco sobre a Polônia
O que fazer por lá
A fábrica de Schindler, do famoso filme
Dicas do Viajante Curioso
Polônia, como é visitar este país
O país às vezes é um pouco esquecido, porém conhecer suas cidades é um mergulho na história.
A grande vantagem para nós brasileiros é a moeda, já que o slot polonês vale o mesmo que o real. Sendo assim o destino é bem atraente em termos de valores para nós.
Um roteiro pela Polônia pode começar por Varsóvia. A cidade foi destruída durante a Segunda Guerra, e o governo praticamente reconstruiu do zero seu centro histórico.
Hoje pode parecer um pouco não original, porém a capital chama a atenção com suas largas e bonitas avenidas. Um exemplo é a badalada Nowy Świat, a qual é super organizada e repleta de bares e restaurantes.
Outras cidades turísticas são a bonita Wroclaw, que também teve seu centro histórico reconstruído e Wadowice, muito procurada por ser o local onde nasceu João Paulo II.
Interessante também é Gdansk, lá perto do Mar Báltico. A maneira como a conheci foi inusitada.
Em 2015, durante uma viagem pela Europa, percorri Alemanha, Noruega e Polônia.
Pesquisando deslocamentos, descobri um voo super baratinho para uma cidade com nome estranho. Era Gdansk.
Confesso que cheguei na cidade sem saber nada sobre ela, mas foi de longe minha preferida na Polônia.
O país é bem servido por uma malha de trens, o que torna fácil os deslocamentos.
A cidade de Cracóvia
Cracóvia não foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial, o que manteve suas construções históricas. Dizem que foi poupada por ter sido um quartel de Hitler.
Mesmo assim a história da cidade não deixa de ser triste, já que nas suas proximidades, em Oświęcim , fica Aushwitz: Lugar de extermínio de milhões de judeus.
Tenho um artigo onde conto minha visita ao Campo de Concentração Aushwit e Birkenau, clique aqui para conferir.
A cidade tem características que a tornaram muito especial, como ter a maior praça medieval de toda a Europa: a Praça do Mercado ou Rynek Glowny.
O mercado, que teve parte reconstruída em 1555 impressiona por seu tamanho. Dentro do mesmo existem diversas lojas de artesanato.
Ali na praça podemos apreciar também a torre da Câmara Municipal.
Outro destaque ali perto é uma grande obra de arte: A Cabeça de Eros Vendato.
A obra oca de uma enorme cabeça deitada no chão em bronze foi um presente do artista polonês Igor Mitoraj. Confesso que procurei o significado da mesma mas não encontrei.
O grande ponto de destaque na enorme praça é a Basílica de Maria Santíssima, a qual se destaca por sua construção em tijolos no estilo gótico e teve sua obra iniciada no século XIII.
Uma curiosidade é que a cada hora se ouve o som do trompete que é tocado do alto das torres da igreja.
A música tocada no trompete é abruptamente cortada para relembrar quando a cidade foi invadida pelos mongóis e um homem foi atingido por uma fecha na garganta no momento em que tentava avisar a cidade da invasão.
É altamente recomendável visitar o interior da Igreja, deixo aqui o site da Basílica de Santa Maria em inglês.
Vale lembrar que existem três tipos de visita:
Somente da Basílica:
Valor: 10 PLN mas tem desconto para melhor idade e crianças
Visita da torre e da sala do trompetista
Valor: 15 PLN
Obs: entram 10 pessoas de meia em meia hora
Visita à Torre do Relógio
Valor: 15 pln
Obs: entram 6 pessoas por vez
Existem horários específicos pois são restringidas as visitas durante as missas, sendo assim sugiro que consultem o site para informações detalhadas.
O centro histórico de Cracóvia é quase que totalmente cercado por um bonito parque.
Caminhando um quilômetro desde a Catedral de Cracóvia, chegamos ao Castelo Wawel do século XII.
Quando a capital foi transferida para Varsóvia o mesmo ficou em abandono.
O castelo fica no alto de uma colina, perto do Rio Vístula. Para conhecê-lo aconselha-se separar uma manhã ou parte da tarde.
O local fica aberto todos os dias, com algumas mudanças de horários dependendo da estação do ano:
- De novembro a fevereiro: das 06:00 h às 17:00 h
- Março e outubro: das 6:00 h às 18:00 h
- Abril, setembro: das 6:00 h às 19:00 h
- Maio, agosto: das 06:00 h às 20:00 h
- Junho, julho: 6:00 às 21:00
Os apartamentos reais e os jardins só podem ser visitados num tour guiado. Não existe um bilhete único, todos precisam de ingressos separados.
Curiosidade: na mesma colina do castelo está a Caverna do Dragão. Segundo a lenda um dragão vivia nas colinas e devorava os cidadãos de Cracóvia.
Existe um tour, que após descer 21 metros percorre a antiga Casa do Dragão. Logo depois chega-se às margens do Rio Vístula, onde uma estátua do mesmo solta fogo. Somente é possível esta visita nos meses de verão.
Museu Czartoryski
Se você gosta de artes é possível ver uma famosa obra de Leonardo da Vinci neste museu: A dama com arminho.
O museu, que é o primeiro da Polônia, tem uma coleção com obras de outras artistas, lá existe um quadro de Rembrandt também.
Kazimierz
Esta região, desde o século XIV, foi de predominância judia. De certa forma os judeus sempre foram segregados, e Kazimierz era um destes locais.
Antes da Segunda Guerra Mundial existiam mais de 100 sinagogas, hoje existem menos de 10.
Durante o Holocausto os judeus foram transferidos para os guetos e depois para os campos de concentração. Toda esta área de Kazimierz ficou decadente porém foi ganhando vida ao longo dos anos.
A região tem muitos bares e bastante vida noturna, já que Cracóvia é uma cidade universitária.
É um paradoxo grande andar pelas ruas, muitas vezes “cool” de Kazimierz mas também lembrar do triste Holocausto.
A visita à Kazimierz é imprescindível. Hoje em dia muitas casas estão voltando para os descendentes dos judeus que foram mortos na guerra.
A fábrica de Oskar Schindler em Cracóvia
Quem assistiu ao clássico “A lista de Schindler” sabe a história de Oskar Shindler, que mesmo sendo afiliado do partido nazista, usou sua fábrica para salvar mais de mil judeus.
A princípio procurando altos lucros em sua fábrica, Oskar Shindler passou a usar a mão de obra dos judeus, porém pouco a pouco ele foi gastando sua fortuna subornando os nazistas para que conseguisse proteger seus empregados.
Hoje em dia é possível visitar o museu que fica no edifício administrativo da antiga fábrica, onde numa exposição permanente é contada sobre a Ocupação Nazista entre 1939 e 1945. Além disso o escritório pessoal de Oskar Shindler, o qual permaneceu intacto ao longo dos anos, também pode ser visitado.
Mais dicas de Cracóvia
Uma dica bem legal de bar onde você pode tomar uma cerveja e comer alguma coisa é o Pijalnia . É bem interessante porque eles tem um cardápio com preço único, ou seja, todas as bebidas por um determinado preço e todas as comidas por outro.
É bem animado e barato, lembrando que o slot tem o mesmo valor do real.
O bar fica no centro histórico e é uma boa pedida depois de um dia de turismo em Cracóvia.
A cidade ficou abaixo das minhas expectativas, tanto pela arquitetura como pelas atrações em geral, porém é impossível não admitir a importância histórica do local.
O que mais gostei da cidade foi realmente o Kazimiers, o bairro tem um “quê” de descolado e cool misturado com história. Uma tarde ou noite por lá é imperdível ao meu ver.
Existem dois tours de Cracóvia bastante conhecidos: como a visita a Auschwitz onde conto tudo em detalhes no artigo, e também às minas de sal de Wieliczka, a qual não fui mas parece ser muito interessante, já que lá podemos admirar esculturas e até uma capela inteira feita de sal.
Dada sua importância, a Mina de Wieliczka foi declarada Patrimônio da Humanidade em 1978.
Quando for à Cracóvia, faça uma programação melhor que a minha, assim poderão conhecer este lugar que parece ser bastante interessante.
Acredito que três dias sejam suficiente para conhecer Cracóvia, a mina de sal e Aushwitz.
Sabiam de todas estas curiosidades sobre a Polônia ? Compartilhe este artigo com aquele amigo que adora história, tenho certeza que ele irá gostar.
Boa viagem sempre.
** Este artigo não recebeu nenhuma espécie de patrocínio e reflete as opiniões pessoais do autor.
Autor do blog, é formado em Ciência da Computação e atua com Marketing Digital e e-commerce por mais de 10 anos.
As viagens por quase 40 países são a inspiração para produção de conteúdo.
Além do blog, o autor escreve para colunas de turismo em jornais da região de Campinas e é blogueiro associado do Portal UAI de Minas Gerais.
Adorei a sua postagem, os comentários e as fotos. Mas estou rindo até agora do cara “pousando” na foto. Não. Ele estaria, no máximo, “posando”. Desculpe, mas não podia deixar de comentar. Hilário!!!
Olá Maria!!
kkkk rindo alto aqui. Escapou este erro!!
Obrigado pelo toque.
Mas acho que ele queria sair na minha foto sim.
kkkk
Diego
AH! Agora sim! Está certinho! Mas eu estava mesmo precisando de dar umas boas risadas. E concordo com você: o cara está posando para a foto sim! KKKKKK!!!!
Ola Maria Regina,
Um abração!!
Obrigado pela leitura.
Diego
O cara não esta só, tem outro virado para cá conversando com ele não me parece estar posando pra foto não. Está olhando naturalmente.
Oi Fernando,
Pois é, estava achando o cara meio “papagaio de pirata”.
Kkkk
Abraço
O David Gilmour (Pink Floyd) tem um disco chamado (David Gilmour live in Gdansk) ”Apenas Curiosidade”.
Olá Fernando
Que interessante, fui pesquisar o assunto.
Gdansk não é uma cidade muito conhecida, por isso estranhei.
Valeu pela contribuição.
Diego
muuito bom o post e tirou minha duvida sobre auswitz sobre comprar ou nao o pacote de viagens. Vou optar pela compra do pacote, mas pratico!
Bom dia José Paulo,
Que bom que gostou do post. Compre a excursão logo que chegar à Cracóvia, é super concorrido.
Diego
Ola
Grato pelo rapido retorno
Indicacao de uma empresa que possa comprar essa excursao ainda aqui nl brasil.
Oi
Tenho sim:
https://www.getyourguide.com.br/
Olá Diego! Adorei a reportagem sobre Cracóvia! Adoro lugares históricos e saber sobre eles me remetem a um passado de construções bem diferentes das atuais, e eu sou apaixonada pela arquitetura antiga! Adoro conhecer lugares antigos e imaginar o que já ocorreu por ali, apesar de fugir um pouco de lugares que me lembram da guerra. Mas adorei a reportagem!!
Oi Cristina,
Obrigado pelo comentário !!
Também tento fugir de lugares assim, mas entendo como um turismo de aprendizado, que pede uma reflexão.
Diego
Nossa estou encantada com sua matéria, estou assistindo um filme que o desenrolar da história é na Cracóvia e procurei saber mais sobre essa linda cidade e me apaixonei. Só fico triste porque este meu sonho de conhecer está cidade é impossível para mim, mas quem sabe Um Milagre acontece e eu realismo meu sonho impossível. Bjussss e PARABÉNS pela Fantástica matéria.
Mauricea – Recife PE
Olá Mauricea,
Obrigado pelos comentários !! Fico feliz pelos meu artigo ter sido interessante para vc, de uma forma ou de outra, viajamos juntos, né ?
Abração!!