Uma palavra define muito bem a Colômbia: música. A terra de ritmos marcantes como a a Cumbia e o Vallenato têm atrações culturais, históricas e naturais que compõe um roteiro perfeito.
Bogotá é uma capital cheia de vida, com belos museus e noite agitada. Se gosta de passeios de um dia, a cidade é uma boa base para conhecer um pouco mais da região.
Continue comigo que vou contar como conheci a terra da Shakira e do Botero.
Neste artigo você vai ver:
Como fui parar na Colômbia. Clique Aqui
A gelada Bogotá. Clique Aqui
O Museu do Ouro e o gato de 300 reais. Clique Aqui
Museu Botero de graça. Clique Aqui
A enorme Praça Bolivar. Clique Aqui
Bogotá vista do algo: Monsessate. Clique Aqui
Catedral de Sal de Zipaquirá. Clique Aqui
Dicas do Viajante Curioso. Clique Aqui
Um roteiro louco pela América Latina
Planejava minhas férias e queria ir para a Colômbia, mas também seguir para a América Central e Caribe e conhecer outros países. Foi assim que fiz um roteiro por Colômbia, com Bogotá e Cartagena, Panamá, Cuba e Guatemala.
Aliás, conto neste artigo como foi visitar as ruínas Maias de Tikal na Guatemala e Cuba.
Eram tantos voos, que não consegui comprar os tickets pela internet e tive que ligar na companhia aérea. Ao confirmar todos os destinos o próprio atendente perguntou se eu gostaria de pensar melhor. Mas já decidido, mandei ver.
Foi muito engraçado, porque todas as conexões obrigatoriamente tinham que ser na Cidade do Panamá, então só para terem uma ideia, os voos foram estes: São Paulo – Panamá – Bogotá – Cartagena – Panamá – Havana – Panamá – Guatemala – Panamá – São Paulo, ou seja, passamos pelo aeroporto da Cidade do Panamá 4 vezes em 20 dias.
E chegamos em Bogotá, mas não esperávamos que estivesse tão frio ….
A cidade é fria mesmo no verão, continuem lendo para saber porque
A gelada Bogotá, capital da Colômbia
Chegamos em plena primavera, que no Brasil já é calor, porém quando desembarcamos em Bogotá já sentimos um frio danado.
Bogotá está a 2640 metros acima do nível do mar, e mesmo em meses como outubro a temperatura pode despencar para 8 graus. Assim foi nosso impacto ao chegarmos lá.
Optamos por ficar em La Candelaria, que é a parte histórica da cidade. O bairro tem trechos bastante charmosos e ruas super estreitas com várias lojas de artesanato, cafés e restaurantes descolados.
Ficamos no Hostel Casa Bella Vista bem no centro histórico, pertinho da Praça Chorro de Quevedo, onde Bogotá fui fundada em 1538.
Digamos que o hostel foi ok, nada de espetacular. Alguns problemas me incomodaram: como não conseguir fechar a porta do quarto e a condição dos banheiros, que não era muito legal.
Aconselho este hostel para uma ou no máximo duas noites, pois deixou a desejar em questão de conforto. Aliás tenho um artigo que explica como funciona um hostel.
Bom, chegamos no hotel cedo, deixamos as mochilas e fomos descobrir Bogotá.
Quando de cara, fiz a compra mais cara de toda a viagem, mas por engano….
O Museu do Ouro e o “caríssimo gato do Botero”
Este museu, que pertence ao Banco da República da Colômbia, é um dos maiores deste tipo no mundo. Também pudera !! Tem um acervo de 34.000 peças em ouro.
Estas peças, todas da fase pré hispânicas, são lindas. Ficamos impressionados com as máscaras e e jóias usadas por civilizações que habitaram o território da atual Colômbia desde 200 a.C.
Com certeza, esta é uma das principais atrações da cidade.
Mas vamos lá, recém chegado na Colômbia e ainda meio cansado, resolvo conhecer uma loja próxima ao Museu do Ouro.
Vejo algumas réplicas de estátuas do Botero, pois sempre gostei daquelas figuras gordinhas. Uma me chamou atenção: “O Gato de Botero”
Comecei a negociar com a vendedora até que chegamos num preço legal, que convertendo daria uns 30,00 reais. Bati o martelo!!
Saio da loja todo contente com minha primeira compra, e falei para minhas amigas de viagem sobre o gato. Foi então que quando elas perguntaram o preço me dei conta que tinha convertido errado. Pois é, tinha pago 300 reais pelo mimo e não 30 como havia pensado.
Voltei pra loja, tentei devolver mas não teve jeito. Hoje o gato enfeita minha sala e toda hora que olho pra ele dou risada sozinho do erro que cometi.
Consulte o site do Museu do Ouro para mais informações.
Mas falando em Botero, que tal conhecer o Museu Botero de graça ?
Museu Botero
Fernando Botero é um dos artistas colombianos mais conhecidos mundo afora.
Suas obras, quase sempre representada pelas figuras “gordinhas”, muitas vezes são críticas sociais. Dentre elas temos: “A morte de Pablo Escobar” e até uma versão da famosa Monalisa, só que rechonchuda.
O museu é super interessante e gratuito, além do mais fica dentro de um bonito casarão colonial. Foi a atração que mais gostei na cidade, porque já conhecia um pouco da obra do artista.
Depois de museus, que tal tomar um café na terra que tem os melhores grãos do mundo ?
Saindo do Museu Botero, ali na Calle 11, fica como dica experimentar o Café Juan Valdez , a loja parece um pouco o Starbucks, mas lembre-se que você está em Bogotá na Colômbia.
A loja também vende café em pacote, de repente uma dica de presente legal para amigos e família.
Continuando nosso tour pelo centro histórico, não podemos deixar de conhecer a enorme….
Praça Bolívar
A enorme praça ladeada por importantes edifícios de Bogotá impressiona por sua cor monocromática meio amarelada, dentre eles temos aí: a Prefeitura de Bogotá no Palácio Liévano, o Capitólio Nacional (congresso), a Catedral e o Palácio da Justiça.
Foi bastante interessante ver também o Palácio da Justiça. Como tinha assistido Narcos, lembrei-me da passagem onde os narcotraficantes invadem o Palácio em 1985. Naqueles dois dias de invasão 98 pessoas morreram, dentre eles 11 juízes da Suprema Corte.
Quem também assistiu ?
Chama atenção na praça a enorme Catedral de Bogotá. Naquele mesmo lugar já foram construídas 4 igrejas, a primeira ainda feita em madeira em 1556 não durou muito, e a penúltima se transformou em ruínas durante um terremoto em 1785.
A construção atual é no início do século XIV, é a maior da Colômbia e uma das maiores da América do Sul.
Observe também a estátua de Simon Bolívar.
Aliás este é um nome muito comum quando viajamos para os países da América do Sul, já que Simon Bolívar, um político venezuelano, apoiou os movimentos anti colonialismo.
Por conta disso sua importância na história destes países é enorme.
É interessante ver a formação dos nomes, às vezes eram tão óbvias mas eu não fazia a relação. Bolívia é uma homenagem a Simon Bolívar, e Colômbia vem de Colombo, o primeiro navegador a chegar nas Américas.
Mas agora é hora de ver Bogotá do alto, vamos a ao alto do Morro Monserrate.
Monserrate
Monserrate proporciona uma bela vista de Bogotá do alto de seus 3152 m. Se na cidade já era frio, lá em cima estava congelante.
Visite o Santuário, onde existe uma imagem do Señor Caído, lá podemos ver também uma Via Crucis, já que o lugar é um centro de peregrinação desde o século XVII.
Foi um bonito passeio onde tivemos a oportunidade de ver o por do sol e as luzes da cidade se acenderem.
Existem três formas de subir para Monserrate: a pé, funicular e teleférico, nós decidimos ir de funicular, mas parece que o teleférico tem vistas mais bonitas.
Para quem quer experiências gastronômicas existem dois restaurantes badalados lá em cima: Casa San Isidro e Casa Santa Clara.
Catedral de Sal de Zipaquirá
Quem visita a cidade não pode deixar de conhecer a Catedral de Sal de Zipaquirá (46Km). Trata-se de uma antiga mina de sal desativada que tem uma catedral e várias estátuas em seu interior, tudo feito de sal.
Veja meu post sobre A Catedral de Sal em Zipaquirá onde conto tudo sobre este passeio.
Dicas de Bogotá
Fiquei apenas dois dias na cidade e parte de um dos dias em Zipaquirá. Acredito que o ideal seriam uns 4 dias pois foi tudo muito corrido e não tive tempo de conhecer Guatavita (60Km), Villa de Levya (177Km) e o famoso Mercado de Usaquén em Bogotá mesmo.
Também não conheci a famosa Zona Rosa, onde dizem que as opções de bares e restaurantes são muito boas.
A cidade é servida pelo Transmilênio, um bom serviço de ônibus com corredores exclusivos.
Como falei acima, se preparem para uma cidade com temperaturas amenas (para mim era frio mesmo).
A Colômbia sofreu muitos anos por conta das guerras com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), quando o país sempre aparecia nos noticiários com os diversos casso de sequestros de civis, atentados e guerra civil.
Houve um acordo de paz e o país pode se abrir ao turismo. Foram anos em que não era aconselhável viajar pelo país, mas hoje é tranquilo.
Porém é importante salientar que, igual ao Brasil, precisamos tomar alguns cuidados por lá: não ficar dando bobeira com celular na mão, cuidados para sair a noite e sempre usar táxis oficiais ou de aplicativos. Na dúvida pergunte no próprio hotel sobre os lugares seguros.
Eu tive uma experiência bem legal na noite de Bogotá. Queria conhecer o Theatron, uma enorme boate com 13 pistas de dança, bares e um terraço, mas estava com receio, pois ficava um pouco longe do bairro que estava.
Foi então que perguntei ao dono do hostel sobre o lugar e ele mesmo chamou um táxi e me colocou dentro, falando para o taxista que eu era brasileiro e me orientando quanto ao lugar.
Quando o taxista estava saindo, o dono do hostel gritou chamando o motorista, pensei que algo errado tinha ocorrido, que nada!! O dono do hostel tinha decidido ir comigo na badalada boate.
Em Bogotá eles tem um esquema chamado “Barra libre”, onde na entrada você ganha um copo e pode reabastecer a noite inteira com alguns tipos de bebidas. Nem sempre eram boas, mas foi legal experimentar.
Outro detalhe é que eles fazem uma admissão visual na boate, ou seja, o segurança olha para sua cara e decide se vai entrar ou não.
Querem entrar no clima colombiano ? Dá uma olhada neste vídeo com vários cantores colombianos e várias paisagens da Colômbia.
** Este artigo não recebeu nenhuma espécie de patrocínio e reflete as opiniões pessoais do autor.
Autor do blog, é formado em Ciência da Computação e atua com Marketing Digital e e-commerce por mais de 10 anos.
As viagens por quase 40 países são a inspiração para produção de conteúdo.
Além do blog, o autor escreve para colunas de turismo em jornais da região de Campinas e é blogueiro associado do Portal UAI de Minas Gerais.